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Marcelo Vilela

Cadeira nº 38
Patrono: Rita Vilela

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Marcelo Ribeiro Vilela Prado Nascido em Poxoréu em 25 de setembro 1978, é filho de Joaquim Carlos Ribeiro Vilela e Cesarina da Cunha Prado Vilela. Filho de Agropecuaristas, viveu até seus sete anos na Fazenda Novo Horizonte, localizada no Distrito de Alto Coité, em Poxoréu – Mato Grosso, onde desde criança já ajudava seus pais nas lidas das criações e plantações, seguindo a tradição de sua família.

Aos sete anos deixou a liberdade do campo e mudou-se para a cidade, morando com seus avós Joaquim Ribeiro Vilela e Leonor Ribeiro Vilela. Iniciou sua vida acadêmica na Escola Juracy Macêdo, estudando do 1º. Ao 8º. ano. Aluno dedicado durante a semana, sempre voltava ao campo aos fins de semana e nas férias para ajudar seus pais na ordenha das vacas e comércio de leite no distrito de Alto Coité.

Aos 15 anos foi aprovado para cursar Técnico em Agropecuária na Escola Agrotécnica Federal de Cuiabá, campus São Vicente. Assim, entre os anos de 1994 e 1996 dedicou-se ainda mais aos estudos, sendo considerado um dos melhores alunos da turma, foi selecionado para fazer um vestibular em Agronomia para a renomada Universidade “Escuela de Agricultura de la Región Tropical Húmeda”, Costa Rica, América Central. Aprovado, ganhou uma bolsa de estudo do Instituto de Cooperação Iberoamericando e naquele país se aventurou a estudar.

No início, enfrentou várias dificuldades, como a cultura, o idioma e a rigidez de um sistema de ensino considerado pioneiro no mundo. Não se intimidou diante das dificuldades, esforçou-se nos estudos e nas atividades práticas de campo. Graduado em Engenharia Agronômica com Honra ao Mérito no ano de 2000, foi selecionado e ganhou uma bolsa de estudo da Universidade de Nova Iorque para desenvolver um estudo de mercado para produtos sustentáveis sob supervisão do CEPEA, na ESALQ/USP. Posteriormente, trabalhou em São Paulo capital no Instituto Brasileiro de Negócios Sustentáveis e com paisagismo em Niterói.

EM 2003 voltou a Mato Grosso, onde trabalhou como gerente técnico na Agropecuária JOPEJO, região do MANSO em Cuiabá.

EM 2005, aceitou o desafio e tornou-se professor na extinta Escola Agropecuária Cidade dos Meninos, hoje Escola Técnica Estadual de Poxoréu, permanecendo até os dias atuais. Como professor e coordenador do curso Técnico em Agropecuária. Foi Presidente do Conselho Diretor da Escola entre os anos de 2011 e 2014 e contribuiu e contribui para a formação de jovens do município e da região, como tem elaborado e liderado diversos projetos em vista a melhoria da Escola Técnica e da Creche Lar do Menino Jesus, onde sempre se colocou como voluntário.

No município, é vice presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, o qual tem o papel fundamental na política agrícola municipal onde é responsável pela coordenação na elaboração de planos municipais de desenvolvimento rural, fiscalização, acompanhamento e avaliação das ações programadas e executadas no meio rural, com a participação efetiva dos produtores e da sociedade.

Em 2012 concluiu o MBA em Avaliação, Perícia e Auditoria Ambiental na UNIC. Em 2014 adquiriu o grau de Mestre em Agricultura Tropical pela UFMT e atualmente encontra-se cursando Doutorado na própria Instituição. Também é docente do curos de Pos graduação em Química, Adubação e Correção do solo. Tem publicado diversos artigos relacionado a área agrícola em revista nacionais e internacionais, bem como capítulos de livros, abordando assuntos sobre fertilidade de solo e nutrição de plantas cultivadas.

Hoje, casado com Morgana Santos Tunes Vilela é pai de Joaquim Ribeiro Vilela Tunes e reside em Poxoréu, trabalha na Escola Técnica e continua ajudando seus pais com a lida no campo, cultivando e cuidados de animais bovinos. Sempre costuma dizer, que é neto de Joaquim, filho de Joaquim e pai de Joaquim, só não é Joaquim.

Rita de Moraes Vilela, filha de Joaquim Brandão de Moraes e Felicidade Vilela de Moraes nasceu no dia 27 de junho de 1897, na cidade de Torres do Rio Bonito, no Estado de Goiás. No dia 04 de agosto de 1912, aos 15 anos, casou-se com João Ribeiro Vilela, o homem que já tinha em mente a conquista de grandes áreas de terras nos sertões de Mato Grosso.

Aos 19 anos, já mãe pela terceira vez, Rita, em carro de boi ou em montaria, parte de Rio Bonito, para o desconhecido, com a certeza de que iria contribuir, com sua coragem, seu destemor e o seu abnegado trabalho, na conquista de terras e na construção de fazendas de gado, afinal, ela era filha de uma família de bandeirantes.

Ao chegar ao novo Estado, em 1916, residiu por algum tempo na cabeceira do Batovi, perto de seu pai e sua mãe. Ali Rita passou os seus primeiros anos de morada nova, onde sentia o gosto da solidão, do afastamento da civilização e da vida dura. Nesse local deu à luz as suas primeiras filhas mato-grossenses: Alice e Irantina. Alice em 1917 e Irantina em 1919. Em 1921, Rita, já estava em seu reino definitivo em terras desconhecidas, a qual deram o nome de Fazenda Alminhas.

Nesse mesmo ano, veio ao mundo o seu primeiro filho mato-grossense: Antônio Ribeiro Vilela, o Tunico. Na Fazenda Alminhas, por mais de cinqüenta anos, ela, galharda, generosa e corajosamente, exerceu as suas funções de mulher, esposa, mãe e trabalhadora incansável. Na Fazenda Rita encontrou uma casa de palha, barro e barrotes e a partir daí ajudou o marido a iniciar a construção de uma grande propriedade.

Em 1926, já de casa nova, Rita, como diz o ditado “Arregaçou as mangas” e se dedicou ao trabalho de apoio ao marido, na concretização dos seus sonhos. Rita ajudou a construir uma família grande e uma grande fazenda. Viu surgir tudo, praticamente do nada. Cada poste fincado na terra, cada metro de arame farpado esticado, cada mourão plantado, cada árvore derrubada e cada animal, ali nascido, tudo em fim, estava impregnado do espírito, da força e do trabalho e participação de Rita. Trabalho, que se não era no campo, era na casa, dando todas as condições aos homens, nas tarefas diárias.

Ela fazia comida, limpava a casa, confeccionava as roupas caseiras, para todos, lavava-as, remendava-as; industrializava o leite, para obter os seus derivados: coalhada, queijo, requeijão, manteiga, doce; obtinha da cinza de determinada madeira, a decoada em substituição à soda para fazer sabão; cozinhava o caldo da cana, para transformá-lo em melado, rapadura, açúcar “de barro”, cuidava para que as plantas medicinais existissem na fazenda e fossem utilizadas nos momentos de doenças; colhia algodão, usado nos pavios das lamparinas e fios para confeccionar tecidos grossos para a fabricação de redes, cobertas e roupas de trabalho para os homens; Rita era exímia na arte de fiar o algodão, no fuso ou na roça. Para tecer o pano, ela ia até a Fazenda de sua irmã, no Capão Bonito, onde havia um tear. Cuidava para que as carnes não se deteriorassem, pois naquela época não havia geladeira ou “freezer”.

Os filhos para Rita estavam em primeiro lugar, tanto na geração, como na educação. Dos 16 aos 39 anos, ela teve 14 filhos, e os teve todos em casa, atendida por uma parteira. Jamais sofreu qualquer problema sério, ao dar à luz.

Os pais de Rita lhe deram um pouco de escolaridade e uma boa educação. Ela era culta e delicada. Era calma. Não era muito alegre, mas recebia todo mundo com muita delicadeza e bondade. Era branda e carinhosa no relacionamento com os filhos, mas exercia a sua autoridade, sem qualquer resistência. Não poupava as filhas e as netas nos afazeres de casa. Era muito exigente com relação à educação das filhas. O trabalho era obrigação de todas, desde pequenas.

A vida de Rita foi um exemplo de dedicação ao marido, aos filhos e netos e ao trabalho. Foram mais de sessenta anos de dedicação à sua missão de mulher, esposa e trabalhadora. Rita Ribeiro Vilela é o exemplo de mulher que merece nosso respeito e com certeza ser lembrada na história.